Os músicos das oito orquestras de frevo que animaram milhares de foliões no tradicional carnaval de rua de Neópolis estão desde fevereiro sem receber o cachê da prefeitura.
Eles não sabem mais a quem recorrer, já que o prefeito que promoveu o carnaval de Neópolis, Carlos Guedes,(foto) foi cassado no final de abril.
"Dois dias antes do dia marcado para fazer o pagamento ele foi cassado. Recebemos um cheque como parte do pagamento no último dia do carnaval, mas quando depositamos descobrimos que não tinha fundo", conta Genivaldo Alves, da Orquestra do Tijolo Quebrado. "Bateu fofo, parece até piada", afirma Aldo Sérgio, diretor da orquestra Big Frevo, de Lagarto.
Para Marcelo Mesquita da Orquestra Frevo Folia, também de Lagarto, que há 14 anos toca em Neópolis, é uma "vergonha e uma falta de respeito" o que os músicos estão tendo que passar.
Músicos de Propriá estão na mesma situação apesar dos insistentes apelos feitos pelo músico Regerlan (LAN), diversas vezes no Jorna da Ilha FM de Propriá.
Os músicos contam que têm procurado o atual prefeito do município, Felipe Barreto, que assumiu interinamente a administração de Neópolis até a realização das eleições suplementares em 04 de outubro mas, este afirma que nada pode fazer.
Ele diz está de mãos atadas porque o ex-prefeito não deixou documentação nenhuma que comprove que eles tocaram embora saiba disso.
Esta situação compromete a tradição carnavalesca do município pela dificuldade que irá enfrentar para a contratação de bandas no próximo ano após este calote coletivo.
Postado por Eugenio Santana
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