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Aracaju,
 
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Nacionalista e pragmático, Dutra é a nova cara do PT

6/9/2009

Ex-presidente da Petrobras, que venceu só uma das cinco eleições disputadas, é a aposta de Lula para comandar o partido no ano eleitoral

Na efervescência dos anos 1970, o aluno de geologia José Eduardo Dutra e seu grupo colaram, na porta do Diretório Acadêmico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFrRJ), uma charge em espanhol para provocar os adversários mais radicais no movimento estudantil. Nela, um personagem, orgulhoso, dizia que o “nosso partido mais uma vez deu demonstrações de ser fiel aos seus princípios”. E seguia elogiando coisas como coerência e firmeza até terminar, aos prantos, reconhecendo: “Mas nós jamais ganhamos o poder”.

Três décadas depois, o exuniversitário recorre novamente à charge para cutucar os inimigos. Aos 52 anos, quando se prepara para uma turnê por seis estados brasileiros, em campanha eleitoral para presidir o Diretório Nacional do PT, Dutra diz sem rodeios o que pensa sobre o caminho mais seguro para a hegemonia política: — Qualquer partido precisa ter uma certa dose de pragmatismo.

“Petróleo será tema de 2010”

Em 30 anos, desde que saiu dos bancos universitários para uma mina na Serra dos Órgãos (RJ), seu primeiro emprego, Dutra acrescentou outras referências ao diploma de geólogo.

Foi dirigente sindical, candidato em cinco eleições, só vencendo uma (para senador, em 1994) e presidente da Petrobras e da Petrobras Distribuidora (BR).

Embora nascido no Rio e criado em Minas, Dutra fez carreira política em Sergipe — mais precisamente em Rosário do Catete, município 45 quilômetros ao norte de Aracaju, onde fica a motivação maior de seus primeiros embates: a mina de potássio de TaquariVassouras, que pertencia à Petromisa, subsidiária da Petrobras, e foi transferida para a Vale, no início dos anos 1990, para não fechar.

— Não deixamos que eles tapassem o buraco — conta.

Três anos depois de ingressar na Petromisa, Dutra foi um dos líderes da primeira greve de operários da estatal, que parou a mina por 26 dias, em 1986, e pavimentou a sua candidatura a deputado estadual.

Ele compara a mobilização a “quase à do petróleo é nosso”, à moda sergipana. Desde então, mais do que simpatia ao pragmatismo político, o geólogo adotou o discurso antiprivatista como uma marca de sua trajetória pública.

Ex-líder petroleiro, nacionalista e pragmático, com uma trajetória construída em grotão nordestino, Dutra é o modelo mais bem acabado do petista contemporâneo. Não por acaso, ao ser indagado sobre o lançamento de sua candidatura ao comando do partido, o presidente Lula não escondeu a preferência: “Ele será um baita presidente do PT”.

— Do ponto de vista partidário, o PT está se reencontrando com essa tradição nacionalista popular. Um dos temas da campanha eleitoral de 2010 vai ser o petróleo. E Dutra tem essa trajetória — avalia o cientista político Darlan Montenegro, autor de recente tese de doutorado sobre o PT defendida no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).

Darlan, ele próprio militante do PT, disse que o nacionalismo não era um tema relevante nos primeiros anos do partido.

Tanto assim, lembra ele, que os petistas não se entendiam com o PDT de Leonel Brizola e nem com os comunistas do PCB, que traziam essa tradição como um elemento central de seu ideário.

— Mas, nos anos 1990, o nacionalismo passa a demarcar a polarização política que o país vive até hoje entre PT e PSDB.

E o PT se torna baluarte da era Vargas — analisa.

Foi neste cenário de confronto ideológico, fomentado por greves que desafiavam as políticas de enxugamento da máquina pública, que José Eduardo Dutra saborearia a sua única vitória eleitoral, vencendo a disputa para o Senado em 1994 — antes, havia perdido uma eleição para deputado, em 1986, tendo recebido apenas 664 votos após a greve dos mineiros, e uma para governador, em 1990.

A vitória foi uma compensação pelo sucesso da campanha em defesa da Petromisa.

Dutra, um especialista em descrever a qualidade do minério extraído pelo furo das sondas — “isso se chamava descrever testemunho”, lembra — chegou a ser demitido e processado pela Lei de Segurança Nacional, mas comemorou a transferência da estatal para a Vale, em 1992, e os mais de 600 empregos salvos com a preservação da mina.

— Até hoje, sou empregado da Vale — revela.

Naquela altura, Dutra já se destacava na burocracia interna do PT. Filiado em 1985, dois anos depois viraria secretário de Política Sindical da Executiva Estadual do partido. E, empolgado pela projeção nacional que o Senado lhe dera, resolveu disputar pela segunda vez, em 2002, o governo de Sergipe, sendo derrotado no segundo turno pelo pefelista João Alves Filho

Petrobras: prêmio de consolação

A mina de Taquari-Vassouras, porém, não teve de volta o seu geólogo-sindicalista. Sem mandato, Dutra foi compensado pelo presidente Lula com o convite para presidir a Petrobras em 2003. O governo, sustentam os especialistas, não queria perder um quadro importante para a estratégia de vincular o nacionalismo à ideia de autonomia, independência, em confronto com a postura da oposição.

— O discurso antiprivatizações de Lula é uma estratégia eleitoral para estabelecer a diferença com os tucanos, sobretudo.

Pois esse discurso continua ainda muito sensível para a maioria da sociedade brasileira, que ainda não percebeu o significado das privatizações para a modernização econômica do país — afirma o historiador e cientista político sergipano Ibarê Dantas.

Figura-chave na estratégia do PT

Sua gestão na Petrobras marca, também, o processo de entrega de postos-chave da empresa a outros sindicalistas petroleiros, todos egressos das lutas antiprivativistas dos anos 1990.

Não demorariam a surgir as primeiras denúncias de aparelhamento político da estatal, com a farta distribuição de verbas sociais para organizações ligadas ao PT ou a políticos aliados.

Ele próprio não escapou das acusações. Após deixar a Petrobras e disputar outra vez a vaga ao Senado em 2006 (derrotado pela pefelista Maria do Carmo Alves), teve de explicar os motivos de ter recebido vultosas doações, como candidato, de empresas que tinham contratos com a estatal. Na época, Dutra disse que prestou contas das doações à Justiça Eleitoral e que elas foram aprovadas.

Acusações e derrotas políticas: nada foi capaz de abalar o prestígio de Dutra junto a Lula e ao PT. Em 2007, sempre com o apoio do amigo Marcelo Déda, ex-advogado dos grevistas da Petromisa e eleito governador de Sergipe, foi conduzido à presidência da BR Distribuidora, posto do qual se afastou agora para disputar a presidência nacional do PT pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no partido.

— Lula usa o debate para pôr na berlinda a herança do governo FH. Quando entra com o projeto de caráter mais nacionalista, com o pré-sal, quer que o PSDB reaja e seja contra. Usou isso para emparedar o Alckmin e funcionou. Espera agora que o PSDB morda a isca — diz o pesquisador Darlan Montenegro


O GLOBO - Chico Otavio - COLABOROU: José Araújo

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